quinta-feira, 10 de junho de 2010

Seguros podem evitar problemas e gastos em viagens

Obrigatoriedade do seguro em alguns países europeus impulsiona procura; confira casos de quem precisou dele.

Uma das primeiras coisas em que o viajante pensa ao marcar uma viagem é deixar os problemas para trás. E isso inclui torcer para que a mala não extravie ou para que nenhuma doença ou pé quebrado estrague o passeio.

Mas só torcer não adianta. Ao fechar seu pacote, faça o seguro-viagem para amenizar eventuais transtornos e evitar gastos desnecessários.

Embora o melhor seguro seja aquele que você não usa e joga no lixo quando retorna, é sempre importante consultar as condições de assistência e os valores das coberturas.

Com valores para diferentes bolsos, os seguros de viagem mais baratos costumam cobrir até US$ 6 mil em caso de assistência médica. Entre os serviços mais top, o valor pode chegar a US$ 1 milhão.

Ingrid Davidovich, 45, diretora de marketing, lembra quando estava com seu marido em um kibutz, comunidade autônoma israelense, a cerca de 15 minutos de carro da cidade mais próxima.

"Era por volta de 23h30 e meu marido teve uma febre e uma crise viral. Telefonamos para a empresa de seguro contratada, que nos atendeu em português. Retornaram o contato em dez minutos informando que um táxi nos levaria ao hospital mais próximo e, em 15 minutos, o carro já havia chegado", conta.

Simone Vieira, 28, turismóloga, viajou à Austrália para fazer um curso. "Contratei o Medibank, seguro de viagem obrigatório na solicitação do visto. Logo nos primeiros dias tive dores no abdome. Descobri que era um problema no ovário e tive que me submeter a uma pequena cirurgia", recorda.

Para ela, a experiência superou as expectativas. "Foi até melhor do que eu estava pensando, mas o fato de escutar o médico falando em um idioma que não dominava muito na época e marcando uma cirurgia é um pouco assustador", lembra.

FIQUE ATENTO

Segundo a Susep (Superintendência de Seguros Privados), vinculada ao Ministério da Fazenda, a contratação de seguros de viagem cresceu 134% entre janeiro e abril de 2010. Um dos motivos do crescimento é a obrigatoriedade do seguro para entrar em países da União Europeia.

Mas ter um seguro-saúde não significa estar a salvo de todos os problemas que podem ocorrer na estadia fora de casa. Alguns deles não cobrem, por exemplo, procedimentos referentes à gravidez, como parto. Por isso, leia atentamente o contrato antes de assiná-lo.

Problemas decorrentes de hipertensão e diabetes também entram na lista proibitiva, assim como enfermidades atribuídas ao vírus HIV.

Dependendo do contrato, lesões decorrentes de esportes considerados perigosos, como paraquedismo e esqui, também estão entre os serviços de assistência que podem não ser cobertos. Olhar com atenção as condições gerais é a melhor dica para evitar surpresas indesejáveis.

quinta-feira, 3 de junho de 2010

Imóveis e Seguros

Interessados em comprar um imóvel devem pesquisar os tipos de seguros mais interessantes para sua necessidade

A explosão do mercado imobiliário é um movimento importante para a atividade seguradora. À medida que edifícios de todo tipo pipocam pelo País, surgem novas demandas por proteção, desde o momento da incorporação do terreno até depois da entrega do bem, quando a lei impõe aos edifícios em condomínio a contratação de seguros obrigatórios que, se não forem feitos, podem colocar o patrimônio do síndico para responder pelos prejuízos.

Quando o cidadão comum pensa em seguros para um edifício, vê basicamente os de incêndio ou patrimoniais contratados para garantir o condomínio após sua ocupação. Raramente lembra que a construção do edifício implica num rol de seguros, como os de risco de engenharia e responsabilidade civil, além das apólices de seguros de garantia de obrigação contratual, que garantem a entrega da construção nos parâmetros previstos.

Estes seguros são contratados para praticamente todas as construções e garantem os valores necessários a fazer frente aos riscos que ameacem a obra durante sua execução. O seguro de risco de engenharia é a mola mestra do programa de proteção para os riscos físicos, garantindo danos sofridos pela obra, seu canteiro e conteúdo durante os trabalhos de edificação.

Os seguros de responsabilidade civil garantem danos causados a terceiros em função da realização das obras. É o seguro que indeniza eventuais rachaduras nos imóveis vizinhos e até a interdição total do imóvel pelo risco de desmoronamento. O seguro de responsabilidade civil cruzada garante o pagamento de indenizações por danos causados uns aos outros, pelo responsável pela obra e seus subcontratados, incluídos os funcionários.

Mas os seguros à disposição dos responsáveis pela incorporação, construção e comercialização de um edifício vão além e disponibilizam garantias como a entrega do edifício em caso de impossibilidade da conclusão da obra pelos incorporadores ou construtores. O que pode fazer a diferença como ferramenta de vendas, já que dá ao adquirente a certeza da qualidade técnica da obra (avaliada por uma seguradora), bem como do recebimento do imóvel dentro das condições combinadas.

Há ainda toda uma gama de seguros destinados a garantir o pagamento do imóvel em caso de falecimento, invalidez permanente ou desemprego do adquirente. Seguros de vida da modalidade prestamista, seguros de vida tradicionais, seguros de acidentes pessoais, seguros com cláusula de indenização das prestações em caso de desemprego temporário são produtos comuns e que estão à disposição do mercado para garantir o pagamento do imóvel, protegendo a família do adquirente, o agente financeiro e o incorporador.

As regras para seguros habitacionais foram flexibilizadas e hoje há uma lista de garantias diferentes à disposição dos compradores de imóveis. Cabe a eles desenharem o modelo mais adequado às suas necessidades.

É sempre bom lembrar que os negócios envolvendo imóveis são diferentes entre si, por envolverem bens e condições contratuais particulares para cada operação. Um prédio que ainda não começou a ser erguido tem necessidades de seguros diferentes de um que está concluído, mas que ainda não foi entregue. E os seguros para um prédio que está concluído e entregue também são diferentes. Imóveis antigos não precisam dessa mesma gama de coberturas. Imóveis pagos à vista não precisam ser protegidos por seguros de vida. Assim, sabendo que existe uma grande oferta de produtos para atender necessidades variadas de proteção, a melhor coisa que o interessado na aquisição de um imóvel faz é procurar um corretor de seguros para saber o que melhor se aplica às suas necessidades.