Muitas pessoas acreditam que seus problemas financeiros tem raiz no dinheiro em si, e não no comportamento quanto ao uso do dinheiro. Seria mais ou menos como dizer que os casos fatais de acidentes automobilísticos fossem responsabilidade dos carros - e não dos seus condutores - o que é impossível, pois o carro, sozinho, não tem controles ou inteligência para decidir o que fazer e para onde ir.
O comportamento das pessoas em relação ao dinheiro é o ponto de origem tanto da prosperidade quanto da dificuldade financeira. Se vemos o dinheiro como algo bom, capaz de realizar nossos desejos e ferramenta para alcançar objetivos, temos muito mais condições de lidar com ele de forma inteligente, pensando antes de gastar e avaliando alternativas pelas quais possa ser viável fazer mais dinheiro. Isso não requer muito estudo ou anos de universidade, mas sim uma condição emocional equilibrada, uma auto-estima mais para alta do que para baixa e organização disciplinada. Coisas que para alguns parecem quase impossíveis.
O primeiro passo, tanto para quem está bem como que está no oposto, é saber exatamente quanto dinheiro está em seu poder hoje. Vale também calcular quanto está no seu alcance em patrimônio - sua casa, automóvel, seu negócio próprio, fontes de renda como aluguéis, direitos autorais - para ter clareza de quanto dinheiro existe na sua vida. Só podemos estabelecer relações de amizade com quem conhecemos, portanto faz-se necessário conhecer melhor este amigo que, espero, esteja sempre ao seu lado - o dinheiro.
Lembre-se que o dinheiro que você possui veio por origem de mérito. Foi da sua poupança ou da poupança de muitos anos de alguém, se for de herança. Foi de um prêmio como loteria, conquistado porque alguém apostou, acreditou e conseguiu. Foi de um bom negócio, como resultado de uma escolha inteligente. Por tudo isso este dinheiro tem um grande valor, para você e toda a sociedade.
Sabendo deste valor, resista a tentação de culpar o dinheiro pelas coisas que podem estar em desacordo no seu momento de vida. Mesmo que ele seja muito, muito pouco, ele poderá gerar mais se for bem usado. Mas se você acreditar que ele não dá pra nada, ele fará a sua vontade - não dará para nada e irá embora da sua vida rapidamente, pois foi isso que você atribuiu a ele no seu pensamento, e pensamento gera comportamento, lembre-se! O pouco dinheiro é resultante de decisões que foram feitas por você ou por escolhas passivas também feitas por você - como quando não negociamos melhor, aceitamos sem questionar e nos colocamos no papel de vítima.
Também não vale olhar para trás para procurar culpados, até porque o passado já foi. Hoje, o presente, o dinheiro que existe pode gerar alternativas que o multipliquem, desde usar uma pequena parte para fazer algo possível de ser vendido a mesmo empregar numa propaganda de um serviço que você já faz. Repense o que será gasto nos próximos momentos e veja se será tão necessário gastar com algo que pode esperar. Procure falar com seus credores para minimizar juros e renegocie, tome a iniciativa de propor um pagamento bom tanto para o credor quanto para você. Assim, você começa a valorizar este amigo - o dinheiro - dando a ele atenção e respeito.
Não pretendo que todos se tornem focados única e exclusivamente em dinheiro - longe disso! O que estimulo nesta relação de amizade é um comportamento capaz de tirar muitas mágoas e equívocos vindos de anos de convivência com o dinheiro de forma difícil, triste e apreensiva. Nós conduzimos nossa relação com pessoas e coisas, sendo que o dinheiro (uma energia) requer também atenção no nosso comportamento. O primeiro passo para esta amizade não custa nada - valorizar o que você tem - e os passos seguintes podem deixar de ser uma caminhada árdua pelo sucesso para um desafio instigante e interessante da sua prosperidade. Para que isso aconteça, comece desejando ter ao lado um amigo que irá retribuir seu empenho de forma inteligente e sustentada, gerando benefícios não só para você quanto sua família, seu circulo de amizades, a sociedade e seu país. Pense nisso.
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