Ano Novo - Planejamento Financeiro faz toda a Diferença
Começar 2010 com as finanças em dia não é difícil. É necessário apenas um pouco de disciplina e força de vontade. Tem que estabelecer prioridades sobre como gastar, o que é mais importante neste momento do final de ano e no começo do próximo.
Natal e Ano Novo chegando. Época de resolver pendências e começar novos projetos. Para que metas transformem-se em realizações, fazer um planejamento financeiro cuidadoso é essencial. A vontade é de viajar e se divertir o máximo possível, ainda mais depois de um ano inteiro de trabalho. O dinheiro do 13º salário e das férias é uma tentação a mais para quem tem dificuldades de conter o desejo consumista.
O problema é que muita gente esquece que no início do ano seguinte começa tudo de novo, inclusive com contas extras, como os impostos anuais. Quem tem filhos em idade escolar tem que se preocupar também com matrícula e compra do material e uniforme escolares.
No final do ano as pessoas entram no ''espírito do Natal'' e acabam fazendo mais dívidas do que podem pagar. Como evitar isso? Tem que fazer um planejamento prévio e estabelecer prioridades sobre como gastar, o que é mais importante neste momento do final de ano e no começo do próximo.
Quem vai viajar nas férias de início de ano, como deve proceder? Como resistir às tentações na praia, por exemplo? A pessoa tem que fazer uma espécie de orçamento, planejando o tipo de gasto que vai ter com alimentação, hospedagem, transporte, gasolina. E reservar também uma pequena parte para os gastos inesperados. O segredo é tentar planejar, reservar um pouquinho para cada tipo de despesa.
O início do ano é o momento de pagar vários impostos. Qual é a melhor opção: pagar à vista ou parcelar? Tem que olhar cada caso. Precisa ver qual é o desconto que tem para pagamento à vista do IPTU e do IPVA. Normalmente o desconto do IPVA é bem razoável, vale a pena, se a pessoa tiver condições, pagar à vista. A pessoa deve fazer uma conta verificando se, para pagar à vista, ela tem condições de fazer isso sem precisar nos meses seguintes entrar no limite do cheque especial.
Então não é só a porcentagem do desconto que deve ser levada em conta. Também é importante preocupar-se em não comprometer o orçamento, porque depois ela vai pagar muito mais caro nos juros da conta do cheque especial, por exemplo.
Há quem prefira parcelar os impostos e investir o dinheiro na poupança. Vale a pena? Dependendo da situação, realmente compensa. O dinheiro na poupança hoje tem rendimento bem pequeno, mas funciona como uma espécia de reserva para alguma eventualidade maior. O que a pessoa precisa é evitar de assumir uma outra dívida cujo juro vai ser muito maior. Às vezes é bom manter esse dinheiro na poupança como reserva e ir parcelando as outras compras para evitar que numa necessidade tenha que recorrer a um limite que custa muito mais caro.
A poupança ainda é um bom investimento ou há outros melhores? É um bom investimento para quem tem uma quantia pequena e que tenha uma disponibilidade ou uma necessidade de curto prazo. Vale a pena pela comodidade e a facilidade de você movimentar.
Qual o melhor momento para fazer o planejamento financeiro? Pode ser feito a qualquer momento. O planejamento deve ser feito antes do final do ano, para a pessoa iniciar o ano já sabendo quais as suas despesas obrigatórias e aquelas que são eletivas. Despesa obrigatória é justamente o pagamento dos impostos, matrícula e material escolar, uniforme. Também é necessário reservar uma parcela para despesas de alimentação, vestuário etc. Se sobrar alguma coisa a pessoa pode gastar na despesa eletiva, que é a parte das férias, a parte de lazer de um modo geral.
Então quem quiser fazer uma grande viagem nas férias do final do ano que vem, ou quiser trocar o carro, deve começar já? Já deveria começar a se programar desde agora, com certeza. Até porque se é uma pessoa que antes não tinha muito controle das suas despesas, vai ter um tempo para ver realmente quais são as indispensáveis e quais aquelas que podem ficar em segundo plano. Em vez de gastar com isso, ela faz uma reserva para a hora de trocar o carro, de fazer a viagem das próximas férias.
Às vezes as pessoas esquecem que quando saem de férias recebem o adiantamento do salário do mês. Quando voltam para trabalhar, no mês seguinte não têm salário, às vezes gastam por conta e não ficam atentas a esse fato. Aí já começam o ano tendo que usar o limite do cheque especial, ou pior ainda, começam a parcelar o saldo do cartão. Muito pior que fazer uso do cheque especial é parcelar o saldo do cartão porque esta é a taxa mais alta que há no mercado.
Falando em parcelamento, final de ano também é uma época em que as pessoas querem trocar móveis, arrumar a casa para as festas. Ainda compensa pagar à vista? Os parcelamentos valem a pena de alguma maneira? Tudo depende da disponibilidade. Se a pessoa tiver recurso disponível deve tentar fazer uma negociação à vista com a loja. Na maioria das vezes as lojas não fazem questão de dar desconto para preço à vista. Falam que o financiamento é sem juros, mas na verdade os juros já estão embutidos no preço do produto. Se a pessoa tiver paciência e condição de procurar algo melhor, com certeza vai encontrar. Se não tem disponibilidade, precisa comparar os planos de financiamento e parcelamento que cada loja oferece, porque há bastante diferença nos juros de um crediário para outro.
Um tipo de investimento que está se tornando cada vez mais comum é a previdência privada. Qual é a melhor idade para começar este investimento? A previdência privada é como se fosse uma espécie de seguro saúde ou um seguro de vida. Quanto mais idade você tem, mais caro fica para você fazer o seu plano. Muita gente me pergunta quando se deve começar a fazer. É o mais cedo possível. Se aos 20 anos tiver condições de fazer um plano de previdência privada, vale a pena fazer. E a contribuição que você tem que dar é bem menor do que quando você tiver 25, 35 anos. Até os 45 anos, ainda vale pena. Depois dessa idade, vale a pena fazer uma previdência pensando nela como investimento devido a postergação do I.R., nesse caso escolha a tributação progressiva.
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